Sonolência
Sobre
os lençóis
desalinhados
do
solitário leito,
anoitece
e
cai o corpo,
cansado
de viver…
Lentas
e arrastadas,
as
horas corrompem
o
ato de adormecer.
Esgotado,
o
sonho amanhece
com
fome de vida
e
o pão sabe a paz
partilhada.
Na
língua envelhecida,
o
ázimo sal
profana
as memórias
e
todo aquele mar
da
cidade
onde
nasceu
invade
os olhos
da
mulher
que
os encerra
e
revivadormece
pela
última vez.
Delfina
Velez Vernuccio
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