Uma outra forma de partilhar escritos... para a contribuição e manutenção do clube dos poetas vivos... para todos os que amam ler... e escrever
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
Mãe
Labaredas de azul nos cabelos de prata,
festivais de luas na pele envelhecida,
corropios de cor nesses olhos sem data
e nas mãos cada sulco é sinónimo de vida!
Açucenas de luz trazes em cada olhar
e acalentas nos braços um gesto de paz,
distribuindo sorrisos em cada esgar,
contrarias o ciclo que a vida te traz.
Ninho quente é o teu colo, de lágrimas feito
e das tuas entranhas brota, no teu peito
o imaculado néctar, p’los deuses querido
e a cada dia, num doce trejeito
tu provas ao mundo que é no teu leito
que o Homem surge, sempre renascido!
Delfina Vernuccio, in Utopias
domingo, 18 de outubro de 2015
quinta-feira, 30 de julho de 2015
domingo, 14 de junho de 2015
NEAPOLIS
Neapolis
Ruelas
estreitas
pregões
de varinas
janelas
abertas
carros
velhos
e buzinas
números
de jogo
vozes
cruzadas
num porto
de mar
roupas
estendidas
motoretas
com asas
crianças
que gritam
homens
que abraçam
um doce
lamento
que se
eterniza
numa cidade
esquecida
por Deus…
Delfina Velez Vernuccio
segunda-feira, 30 de março de 2015
Sonolência
Sonolência
Sobre
os lençóis
desalinhados
do
solitário leito,
anoitece
e
cai o corpo,
cansado
de viver…
Lentas
e arrastadas,
as
horas corrompem
o
ato de adormecer.
Esgotado,
o
sonho amanhece
com
fome de vida
e
o pão sabe a paz
partilhada.
Na
língua envelhecida,
o
ázimo sal
profana
as memórias
e
todo aquele mar
da
cidade
onde
nasceu
invade
os olhos
da
mulher
que
os encerra
e
revivadormece
pela
última vez.
Delfina
Velez Vernuccio
quinta-feira, 26 de março de 2015
Mulher
Tu,
que aspiras
as dores
do teu filho acamado,
tu,que ensaboas
com a roupa
as tuas lágrimas,
tu,que nas pontas dos dedos
és o fogo
que alimenta
o forno do pão,
no poço da casa velha
lavas os cabelos
vermelhos de sangue
e no teu luto
és festa
para quem se aconchega
no teu ventre
e se aninha
nas tuas entranhas
abertas ao amor.
Delfina Vernuccio, in Fragmentos de um deus inacabado
que aspiras
as dores
do teu filho acamado,
tu,que ensaboas
com a roupa
as tuas lágrimas,
tu,que nas pontas dos dedos
és o fogo
que alimenta
o forno do pão,
no poço da casa velha
lavas os cabelos
vermelhos de sangue
e no teu luto
és festa
para quem se aconchega
no teu ventre
e se aninha
nas tuas entranhas
abertas ao amor.
Delfina Vernuccio, in Fragmentos de um deus inacabado
quarta-feira, 25 de março de 2015
Mãe
Mãe
Da semente
do teu ventre
brotam fluxos
de vida
e alimentas
a humanidade.
Da seiva
dos teus seios
jorram águas
do Jordão
e dás de beber
ao novo projecto
de Deus.
In , Fragmentos de um deus inacabado, à venda em www.wook.pt
Da semente
do teu ventre
brotam fluxos
de vida
e alimentas
a humanidade.
Da seiva
dos teus seios
jorram águas
do Jordão
e dás de beber
ao novo projecto
de Deus.
In , Fragmentos de um deus inacabado, à venda em www.wook.pt
quarta-feira, 18 de março de 2015
Entre o Sono e o Sonho
A minha participação é pequenina, mas lanço o convite a todos os que quiserem estar presentes... e sim, uns aninhos depois a Literatura voltou a chamar por mim... eu aceitei o convite!!!
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