Andar de casa às costas, qual caracol, nos últimos onze anos de vida, faz-me ponderar se quero, de facto, caracolar, lenta e interminavelmente, até ao fim dos dias...
Noites em branco, na gana de corrigir o que não tem correcção, fins de semana em que a família é relegada para quarto plano e fica arrumada dentro de casa enquanto me mumifico num recôndito escritório atafulhado de dossiers e planificações que reformulo infinitamente... os filhos que reclamam a mãe ausente, um marido que desempenha dois papéis no palco da casa: pai e mãe... mas depois surge o consolo de uma outra mãe, reconhecida, que me mostra as evidências das marcas que a minha passagem deixaram no seu rebento... e aí, aí apagam-se todas as lágrimas e a pequenina chama de ensinar renasce em mim!